Família: Bento XVI lembra os que foram atingidos
pela crise económica
Primeiro discurso do Papa no Encontro Mundial de Milão pede generosidade para vítimas do terramoto na Itália
Milão, Itália, 01 jun 2012 (Ecclesia) – Bento XVI lembrou hoje em Milão, no norte de Itália, todos os que “têm necessidade de ajuda e conforto”, aludindo às “várias preocupações” das famílias contemporâneas, sobretudo as “mais atingidas pela crise económico-financeira”.
“Que não falte a nenhum destes nossos irmãos e irmãs o interesse solidário e constante da coletividade”, disse, na sua primeira intervenção por ocasião da visita à cidade italiana, onde decorre o 7.º Encontro Mundial das Famílias (EMF). O Papa dirigiu-se em particular às “pessoas sós ou em dificuldade, aos desempregados, aos doentes, aos presos, a quantos estão privados de uma casa ou do indispensável para viver uma vida digna”. O EMF 2012 tem como tema ‘A família: o trabalho e a festa’, com participantes de mais de 100 países, incluindo Portugal. A primeira intervenção de Bento XVI recordou ainda as vítimas dos terramotos no nordeste de Itália, onde 23 pessoas morreram e 14 mil ficaram desalojadas. O Papa elogiou a Igreja Católica e a sociedade civil por terem reagido “imediatamente” em socorro das populações, convidando, como fizera esta quarta-feira, “a uma generosa solidariedade”. O discurso falou da família como "principal património da humanidade" e base do "verdadeiro bem-estar". Bento XVI chegou esta tarde aeroporto de Milão, cerca de 580 km a norte de Roma, pouco depois das 17h00 locais (menos uma em Lisboa), seguindo para a Praça da Catedral, onde se dirigiu pela primeira vez à população, depois de ter sido saudado por milhares de pessoas ao longo do trajeto, feito em automóvel. O Papa foi acolhido pelo arcebispo local, cardeal Angelo Scola, bem como por várias autoridades religiosas, políticas e civis, às quais agradeceu a “colaboração oferecida” para os vários momentos desta visita. Diante da Catedral milanesa, Bento XVI disse que o monumento “convida a olhar para o alto, para Deus”, sublinhando a vocação de “cruzamento de povos e de culturas”. “Milão é chamada a redescobrir este seu papel positivo, prenúncio de desenvolvimento e de paz para toda a Itália”, prosseguiu. O discurso papal, várias vezes interrompido pelas palmas dos presentes, destacou o “profundo sentido eclesial e o sincero afeto de comunhão com o sucessor de Pedro” na comunidade católica da região, elogiando também a “riquíssima história de cultura e de fé”. “Na clara distinção de papéis e finalidades, a Milão positivamente ‘laica’ e a Milão da fé são chamadas a concorrer para o bem comum”, observou. Às 19h15 locais, o Papa assiste a um concerto, em sua homenagem, no Teatro La Scala. Sábado, pelas 10h00, decorre a celebração de laudes, com os padres, religiosos e religiosas da diocese milanesa, na catedral local. A seguir, Bento XVI desloca-se ao Estádio Giuseppe Meazza, também conhecido como San Siro, para um encontro com jovens. À tarde, tem lugar uma reunião com as autoridades civis de Milão, antes da participação, pelas 20h30, na ‘Festa dos Testemunhos’ inserida no Encontro Mundial das Famílias. O programa de domingo inclui a celebração da missa, pelas 10h00, no Parque Norte, na periferia da cidade, durante a qual o Papa deve anunciar a sede do próximo encontro. Esta é a 28ª visita de Bento XVI a localidades italianas desde o início do seu pontificado, em abril de 2005. OC
(Ecclesia)
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