sábado, 22 de março de 2008

SILÊNCIO, O SENHOR ESTÁ MORTO!

JESUS JAZ NO SEPULCRO

Liturgia
Mt 27, 60.62.66


A GUARDA DO TÚMULO

“Depois de sepultarem Jesus, rolaram uma grande pedra para a entrada do sepulcro e selaram-no.
Os sumos sacerdotes e os fariseus foram à presença de Pilatos e pediram-lhe que mandasse vigiar o sepulcro. E colocaram sentinelas para guardarem o Senhor.”
OPTIMISMO NA DOR POR AMOR

Enquanto sucediam estas coisas Jesus permanece morto no sepulcro. É o momento de maior desolação dos Apóstolos, que mal tinham acabado de crer que o seu Mestre estava morto. Não sabemos onde se encontravam neste dia os discípulos do Senhor -só sabemos que João permaneceu junto a Maria ao pé da Cruz até ao final.

Uma dor impossível de descrever tomou conta deles, vendo-se vazios e culpados. Por outro lado, ainda estavam afectados pelo medo de tudo quanto se tinha passado: de O terem deixado só no Getsemani; Pedro por que O negara…, os outros, se não por palavras, também o haviam negado por obras - como explica S. João, estavam escondidos por medo dos judeus.

Os sacerdotes e os fariseus, depois de terem condenado de Jesus, até conseguiram que Pilatos pusesse à sua disposição soldados para guardar o sepulcro.
Pertencer Àquele homem crucificado e morto, era perigoso nesse momento, por isso, o melhor era esconder-se…

Mas nem todos se acobardaram: “Nicodemos e José de Arimatéia -discípulos ocultos de Cristo - intercedem por ele valendo-se dos altos cargos que ocupam. Na hora da solidão, do abandono total e do desprezo..., então, dão a cara "audacter" (Mc XV, 43)...: valentia heróica! Quando todo o mundo os abandona e despreza..., eles serviam!”

Apesar de tudo, foram recuperados por acção da Graça, souberam dar toda a sua vida para que se estendesse no mundo o Reino de Cristo. Nós também desejamos ser-Lhe sempre fieis. Pedimos-Lhe fortaleza, lealdade, para os momentos de cobardia e medo, que aí virão: não somos perfeitos, e por isso lhe dizemos:


Perdão, Senhor! ¡ Ajuda-me mais, que quero ser-te sempre fiel!


A dor dos pecados, a dor por ter ofendido a Deus, é verdadeira dor, mas não é uma dor triste. É uma dor optimista, repleta de esperança, porque Deus sabe que é sincera e tem o desejo de não nos afastarmos mais do seu lado: Não depreciarás, Senhor, um coração contrito e humilhado, dizemos no Salmo. Por isso, o momento de dor, é também de paz, de segurança, de optimismo; e imediatamente um momento de gratidão e de alegria.

(Tentei traduzir)

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