PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Quarta-feira, 1º de Abril de 2015
Locutor:
Nos próximos dias do Tríduo Pascal, não nos limitemos
a comemorar a paixão, morte e ressurreição de Cristo, mas façamos nossos os
sentimentos e atitudes d’Ele, como nos diz o apóstolo São Paulo: «Tende os
mesmos sentimentos que estão em Cristo Jesus».
São sentimentos de entrega e serviço, como vemos
quando lavou os pés aos seus discípulos e Se deu todo a eles sob as espécies
eucarísticas do pão e do vinho na Última Ceia.
Na Eucaristia, entramos em comunhão com Cristo Servo
para podermos amar-nos uns aos outros como Ele nos amou. E Ele amou-nos até ao
dom total da sua vida, realizado em Sexta-feira Santa na Cruz, transformando
então o suplício mais celerado no mais perfeito, pleno e puro acto de amor.
Assim temos de fazer nós também, porque só nos tornamos capazes de salvação,
oferecendo a nossa própria carne: devemos carregar aos ombros o mal do mundo e
compartilhar o seu sofrimento, absorvendo-o profundamente na nossa carne, como
fez Jesus, como fizeram os mártires.
É verdade que às vezes a escuridão parece envolver a
alma: «Já não há nada a fazer!» E o coração sente-se sem forças para amar. São
as trevas que envolvem a terra. Jesus conheceu-as: «Meu Deus, meu Deus, porque
me abandonastes?». Tinha ainda o Pai e, nas suas mãos, entregou o espírito.
Quando caiu o silêncio da morte, quando a criação mergulhou na escuridão,
permanece Maria, sua Mãe, mantendo acesa a chama da fé esperando, contra toda a
esperança, na ressurreição de Jesus. E tinha razão!
Na Vigília, ressoa de novo o Aleluia pascal. É-nos
dada a luz do Ressuscitado para que, em nós, já não viva o lamento «não há nada
a fazer» mas a esperança de quem se abre a um presente cheio de futuro: Cristo
venceu a morte, e nós vencemo-la com Ele.
(news.va)
Sem comentários:
Enviar um comentário