VATICANO, 03 Abr. 15 / 06:23 pm (ACI).-
O Papa Francisco presidiu esta noite (hora local) o Via Crucis (Via Sacra) da
Sexta-feira Santa nos subúrbios do Coliseu Romano, acompanhado por milhares de
pessoas que rezaram com devoção no dia da Paixão e Morte do Senhor Jesus.
Neste Via Crucis, centenas de pessoas participaram levando velas e
meditando em cada uma das estações o texto preparado pelo Bispo Emérito da
Novara (Itália), Dom Renato Corti, cujo título foi “A Cruz, ápice luminoso do
amor de Deus que nos protege - Chamados, também nós, a proteger por amor”.
Entre os temas esteve também o dos cristãos perseguidos, com uma
especial menção a Shabbaz Bhati, ministro paquistanês que foi assassinado por
terroristas muçulmanos do Al Qaeda em março de 2011.
Em seu testamento espiritual Bhati escreveu: “lembro que em uma
sexta-feira de Páscoa, quando tinha apenas treze anos, escutei um sermão sobre
o sacrifício de Jesus por nossa redenção e pela salvação do mundo. E pensei
corresponder a seu amor dando amor a nossos irmãos e irmãs, pondo-me ao serviço
dos cristãos, especialmente dos pobres, dos necessitados e perseguidos que vivem
neste país islâmico”.
Entre as pessoas que levaram a cruz nesta especial oração, estavam fiéis
provenientes de países onde os cristãos sofrem uma intensa perseguição: na
sexta estação duas religiosas iraquianas receberam a Cruz; na sétima estação
dois católicos sírios; na oitava estação duas pessoas da Nigéria; na nona dois
fiéis egípcios; e na décima dois católicos da China.
Na quarta estação, os participantes fizeram uma especial oração pela
família, pedindo orações pelo Sínodo que se realizará em outubro no Vaticano.
A meditação dizia o seguinte: “Senhor Jesus, o drama que confrontas
junto à tua Mãe por uma ruela de Jerusalém nos faz pensar em tantas tragédias
familiares de nosso mundo. Há para todos: mães, pais, filhos, avós e avós. É
fácil julgar os outros, mas o mais importante é saber ficar em seu lugar e
ajudar na medida do possível. Tentá-lo-emos”.
Para marcar a importância deste tema, três famílias levaram a cruz no
Via Crucis: na segunda estação uma família numerosa; na terceira uma família
com filhos adotivos; e na quarta uma família com seus três filhos.
Outros dos temas das reflexões foi as mulheres na Igreja; os marginados; os
cristãos medíocres; o tráfico de seres humanos, a pena de morte e a exploração
infantil.
Sobre o gênio feminino, a meditação da sexta estação assinalava: “Senhor
Jesus, as mulheres sustentam em grande medida o anúncio da fé no mundo e o
caminho das comunidades cristãs. Fazei que elas sigam sendo testemunhas dessa
felicidade que brota do encontro convosco e que constitui o segredo profundo de
suas vidas. Cuidai delas como sinal luminoso de maternidade junto aos últimos
que, nos corações delas, são os primeiros”.
(acidigital))
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