CELEBRAÇÃO
DA PAIXÃO DO SENHOR
Liturgia:
Is 52, 13 – 53, 12
Is 52, 13 – 53, 12
Sl
30, 2.6.12-13.15-16.17.25
Hebr
4, 14-16; 5, 7-9
Jo
18, 1 – 19, 42
Comentário:
Morte, fonte de vida. Missão cumprida: «Tudo está consumado!». Jesus, «inclinando a cabeça, entregou o espírito» (Jo 19, 30). Trespassado pela lança, o coração de Jesus abriu-se, como se abre uma porta, e dele jorrou sangue e água. Os Santos Padres interpretaram este episódio da Paixão e morte do Senhor como imagem e fonte do Baptismo e da Eucaristia. A morte de Jesus, permanecendo um acontecimento tenebroso e trágico, é, simultaneamente, segundo o testemunho do evangelista, manancial a partir do qual tudo deve ser purificado e renovado. Também interpretação da «chaga do lado» como nascente da Igreja, que é, então, o espaço no qual se reconhece e se acredita ser o lugar onde se recebe a missão de comunicar a todos os homens o amor de Deus levado ao extremo.
Morte, fonte de vida. Missão cumprida: «Tudo está consumado!». Jesus, «inclinando a cabeça, entregou o espírito» (Jo 19, 30). Trespassado pela lança, o coração de Jesus abriu-se, como se abre uma porta, e dele jorrou sangue e água. Os Santos Padres interpretaram este episódio da Paixão e morte do Senhor como imagem e fonte do Baptismo e da Eucaristia. A morte de Jesus, permanecendo um acontecimento tenebroso e trágico, é, simultaneamente, segundo o testemunho do evangelista, manancial a partir do qual tudo deve ser purificado e renovado. Também interpretação da «chaga do lado» como nascente da Igreja, que é, então, o espaço no qual se reconhece e se acredita ser o lugar onde se recebe a missão de comunicar a todos os homens o amor de Deus levado ao extremo.
Veneramos
a cruz do Senhor. Ela é símbolo da nossa fé em Deus. Veneramos o
mistério incompreensível do caminho escolhido por Deus para nos
mostrar a imensidade do seu amor e para nos levar à reconciliação
com Ele e com os irmãos. É bem verdade o que Jesus afirmou:
«Ninguém
tem mais amor do que quem dá a vida pelos seus amigos»
(Jo15,
13). A
morte do Senhor não é apenas uma morte. É, simultaneamente, fonte
de vida. Do seu «amor até à morte»,
recebemos aquilo que verdadeiramente nos faz viver: o amor de que,
como Jesus (Jo 19,
28), temos sede, nós e todos os homens.
Jesus, irmão de todos os que sofrem. Jesus na cruz. Ele, ao lado de todos os crucificados: doentes e esfomeados, paralíticos, surdos, mudos e cegos, doentes mentais, os que choram, os ludibriados e desiludidos, torturados, vítimas da violência, desempregados, refugiados de guerra, os sozinhos e abandonados…
Jesus, irmão de todos os que sofrem. Jesus na cruz. Ele, ao lado de todos os crucificados: doentes e esfomeados, paralíticos, surdos, mudos e cegos, doentes mentais, os que choram, os ludibriados e desiludidos, torturados, vítimas da violência, desempregados, refugiados de guerra, os sozinhos e abandonados…
Jesus,
«de condição divina, ...esvaziou-Se a Si mesmo, tomando a condição
de servo. Tornando-Se semelhante aos homens e..., rebaixou-Se a Si
mesmo, tornando-Se obediente até à morte e morte de cruz» (Fil 2,
6-8). Assim, consciente e voluntariamente, compartilhou a nossa vida,
não apenas nos seus momentos felizes, mas também na dor. Aguentou
até ao fim, podendo exclamar, vitorioso: «Tudo está consumado», e
entregando-Se, em paz, nas mãos do Pai, ao expirar (Lc 23,
46).
Venceu.
E disse-nos: «Não
temais os que matam o corpo e não podem matar a alma»
(Mt10,
28). «Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados»
(Mt 10,
30). Não sabemos por que razão Deus permite o sofrimento.
Aprendemos de Jesus como superar a dor, sem desalento. Facto é que
Jesus partilha connosco o sofrimento, também nisso como autêntico
irmão nosso. Podemos contar com muito pouca gente, nos momentos
difíceis, ou mesmo com ninguém. Ele está sempre ao nosso lado.
Suceda o que suceder, temo-lo pelo menos a Ele, sempre, em todas as
circunstâncias, a alegrar-Se e a sofrer connosco. Por graça de
Deus, possuímos uma dignidade que nada nem ninguém nos pode tirar.
No
sofrimento, achamos em Deus, que está ao nosso lado, a força para
lutar pela dignidade da nossa pessoa e da nossa vida. Como dizia
Pascal, «Jesus está em agonia até ao fim do mundo». Está, sim,
sofrendo com todos os oprimidos e condenados à morte, de todos os
tempos e lugares. Está com todo o homem que sofre, a dar força para
a luta contra a desistência e o desespero.
Voltemos
os olhos para a cruz do Senhor, ao enfrentarmos as nossas cruzes!
(apostoladodaoração.pt)
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