No meu tempo não se escolhia o país
para nascer. Este foi a terra onde a minha mãe me deu à luz. Na
escola ouvi coisas maravilhosas acerca dele. Mais tarde verifiquei
que não foi bem assim...
Um povo que se meteu mar adentro numas
caravelas e foi desalojando povos pelos lugares por onde passou,
tomando posse dos mesmos...
Mas hoje, é suposto ser um dia de
festa porque estamos a comemorar a mudança de regime deste antigo
país e não é isso que eu vejo de portugueses que tinham obrigação
de dar exemplo.
Há muitos anos atrás, não
precisávamos pensar, não convinha falar, não podíamos escrever;
tínhamos que fazer parte de um grupo que tinha uma farda, que
marchava …; lembro-me do meu pai ter de se levantar muito cedo ao
domingo, vestir uma farda cinzenta, pôr uma arma às costas e ser
levado com outros, numa camioneta de “caixa aberta” para
exercícios. Nunca me disse o que fazia e para que era aquilo... .
Por ali, éramos todos pobres, mas ajudavamo-nos uns aos outros.
O país não soube aproveitar a
liberdade, não soube voar! Criou-se uma elite política de recém
formados, sem ideais, cujo primeiro emprego é a política. Ascensão
fácil, ordenado desmedido o que gera prepotência, intolerância,
inveja... “Eles não sabem que o sonho comanda a vida...”Eles
não sabem o que era antes! Este punhado sem preparação, sem
experiência, sem maturidade, decide a existência de um povo, que
ainda não atinou em votar e votar bem!
VIVA
PORTUGAL!
VIVA
O 25 DE ABRIL!
VIVA
A LIBERDADE!
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