Recordando…
Já lá vai longe o tempo da nossa mocidade, onde, com outros rapazes amigos, íamos pedir Pão Por Deus.
Era um dia de festa em que a vergonha ficava em casa. Corríamos todos às casas dos mais conhecidos e cada um dava do que tinha: uma maçaroca de milho ou duas, milho torrado, um, ou outro rebuçado, e as casas em que os donos eram empregados do Estado, brindava-nos com umas moedinhas.
Antecipadamente, as mães ou as avós, faziam umas bolsas de retalhos que serviam para as crianças levarem no peditório.
No meu tempo, muitas das crianças mais
necessitadas, aproveitavam este dia para melhorarem o seu manjar, pois, como
todos se conheciam, a mor das vezes, as pessoas davam-lhes pão com doce ou
alguma fruta, nomeadamente bananas, pois era o que existia, nessa altura, com
mais abundancia, nos pomares da Miragaia.
Por cá, e ainda neste dia, aparecem alguns grupinhos de crianças, mas é uma tradição, que nos tempos que correm, se tem vindo a perder, e não é por haver crise, porque nos finais da 2ª. Guerra Mundial, a situação era de difícil sobrevivência, e as crianças, neste dia, saiam à rua a pedir Pão Por Deus.
Nesse tempo as “americanises” de agora, não faziam parte dessas vivências tradicionais.
Acolhamos neste dia as crianças que nos baterem à porta, e, não as deixemos de contemplar, com o pouco que nos resta.
Haja Saúde! E pão, em nome de Deus.
Por cá, e ainda neste dia, aparecem alguns grupinhos de crianças, mas é uma tradição, que nos tempos que correm, se tem vindo a perder, e não é por haver crise, porque nos finais da 2ª. Guerra Mundial, a situação era de difícil sobrevivência, e as crianças, neste dia, saiam à rua a pedir Pão Por Deus.
Nesse tempo as “americanises” de agora, não faziam parte dessas vivências tradicionais.
Acolhamos neste dia as crianças que nos baterem à porta, e, não as deixemos de contemplar, com o pouco que nos resta.
Haja Saúde! E pão, em nome de Deus.
João Ávila
(In: Facebook)
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