segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

PELO MUNDO



Atenção especial às crianças no Dia Mundial do Doente



Bento XVI lembra os mais indefesos e reafirma a «absoluta e suprema dignidade de toda vida humana»

A Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial do Doente deste ano centra-se nas crianças, “criaturas mais frágeis e indefesas; e entre elas, às crianças enfermas e sofredoras” – realça o documento do Papa divulgado hoje (7 de Fevereiro).

A celebrar no próximo dia 11 de Fevereiro, a Mensagem de Bento XVI sublinha que estes pequenos seres humanos carregam “nos seus corpos consequências de enfermidades que causam invalidez; outros lutam contra males hoje ainda incuráveis, não obstante o progresso da medicina e a assistência de válidos cientistas e profissionais do campo da saúde”.

As comunidades cristãs não podem ficar indiferentes a estas situações dramáticas. Neste contexto, Bento XVI pede intervenção porque existem crianças “feridas no corpo e na alma em conflitos e guerras, e outras ainda, vítimas inocentes do ódio de insensatas pessoas adultas. E acrescenta: “Existem meninos e meninas «de rua», carentes do calor de uma família e abandonados a si mesmos; e menores profanados por pessoas sem escrúpulos, que violam a sua inocência, provocando sequelas psicológicas que as marcarão pelo resto da vida”.

Ao olhar para “o incalculável número de menores que morrem por causas como sede, fome, carência de assistência sanitária, assim como os pequenos refugiados, fugiram das suas terras com os pais em busca de melhores condições de vida”, Bento XVI apela a que ao testemunho da caridade visto que a “Igreja traduziu os princípios evangélicos em gestos concretos”. Ainda neste âmbito e apesar das novas condições de assistência sanitária, “sente-se a necessidade de uma colaboração mais estreita entre os profissionais da saúde que actuam em diversas instituições médicas e as comunidades eclesiais presentes no território” – lê-se na Mensagem de Bento XVI.

A dedicação quotidiana e o empenho contínuo ao serviço das crianças enfermas “constituem um testemunho eloquente de amor à vida humana, de modo especial, à vida de quem é vulnerável e totalmente dependente dos outros”. E avança Bento XVI: “É preciso afirmar, com vigor, a absoluta e suprema dignidade de toda vida humana”.

Depois de expressar o seu apreço às Organizações Internacionais que assistem crianças, o Papa apela aos responsáveis das Nações para que “sejam reforçadas as leis e medidas em favor de crianças doentes e de suas famílias”

Internacional | Luís Filipe Santos/ Ag Ecclesia


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Ponta Delgada expõe arte sacra


O Centro Municipal de Cultura de Ponta Delgada inaugurará no próximo dia 13 de Fevereiro, a exposição de Arte Sacra da Igreja de São José, que pretende ser uma viagem pelo vasto espólio religioso que os templos católicos preservam.

A mostra vai estar patente ao público de 14 de Fevereiro até 28 de Maio. Na Galeria do Centro poderão ser apreciadas cerca de seis dezenas de peças distribuídas pelas três divisões daquele espaço, entre alfaias litúrgicas, como cálices, patenas, custódia, tributo e navetas, imagens de santos e santas, com e sem relicários, crucifixos, livros, paramentos entre outros objectos decorativos.

A selecção das peças da Igreja de São José, em Ponta Delgada, para esta exposição obedeceu a uma serie critérios, sendo escolhidas peças de uso sacro pertencentes à igreja, peças do século XVII ao século XX, peças de material diversificado – desde madeiras, prata, tecido e papel – e peças de origem conventual do Convento de São Francisco, que demonstram a pobreza e a riqueza franciscana.

Segundo comunicado divulgado pela Câmara Municipal de Ponta Delgada, com esta exposição de Arte Sacra “pretende-se preservar, divulgar e valorizar o acervo Sacro da Igreja de São José ao longo da sua história, compreender a importância religiosa ao longo dos séculos; mas, também, compreender e enquadrar no tempo as grandes produções sacras, quer nacionais, quer regionais ou locais, no sentir religioso das gentes locais. Enfim, compreender a igreja como espaço de recepção de milhares de pessoas, em diversas alturas do ciclo anual litúrgico”.

Nacional | Agência Ecclesia


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Papa esclarece polémicas com Angela Merkel


Bento XVI e a Chanceler alemã, Angela Merkel, estiveram ao telefone para esclarecer as polémicas surgidas após as críticas da última em relação à “reintegração” de um Bispo negacionista na Igreja Católica.

Segundo comunicado de imprensa da Santa Sé, ambos “tiveram oportunidade de trocar os seus pontos de vista, num clima de grande respeito”, tendo sido feita referência às declarações do Papa na audiência geral de 28 de Janeiro, em que condenou qualquer forma de anti-semitismo.

A conversa é mais um episódio na longa polémica surgida após o levantamento da excomunhão ao bispo lefebvriano Richard Williamson, prelado que nega a utilização de câmaras de gás durante o Holocausto.

O Pe. Lombardi divulgou um comunicado para especificar "os novos pedidos de esclarecimentos sobre a posição do papa e da Igreja sobre o tema da Shoah".
"O pensamento do Papa sobre o tema do Holocausto foi manifestado com muita clareza na Sinagoga de Colónia, a 19 de Agosto de 2005; no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, a 28 de Maio de 2006; na audiência pública de 31 de Maio no Vaticano e na audiência de 28 de Janeiro, com palavras inequívocas", disse.

Nesta última data, Bento XVI reafirmou a sua clara condenação do Holocausto, considerando que este acontecimento trágico deve ser para todos “um alerta contra o esquecimento, a negação ou o reducionismo”.

O Papa quis “renovar com afecto a expressão da minha plena e indiscutível solidariedade com os nossos irmãos destinatários da primeira Aliança”, o povo judaico.

“Desejo que a memória da Shoah leve a humanidade a reflectir sobre o imprevisível poder do mal, quando conquista o coração do homem”, alertou.

A Secretaria de Estado do Vaticano emitiu na Quarta-feira uma nota oficial a respeito das recentes declarações de D. Richard Williamson, da Fraternidade São Pio X, afirmando que para ser readmitido nas funções de Bispo na Igreja Católica deve “distanciar-se de forma absolutamente pública e inequívoca” das suas declarações “negacionistas ou reducionistas” sobre o Holocausto.

“As posições de D. Williamson sobre a Shoah são absolutamente inaceitáveis e firmemente repudiadas pelo Santo Padre”, refere o Vaticano.

Internacional | Octávio Carmo|Ag Ecclesia

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