FALA O PAPA
(CAMINAYVEN.COM) - En días pasados el Santo Padre Benedicto XVI, respondiendo a la petición de cuatro obispos de la fraternidad San Pio X levantó la excomunión en la que habían incurrido hace mas de 20 años. La carta dirigida por el superior de dicha comunidad al Papa manifestaba el malestar de conciencia que padecían por estar en esa situación irregular. Con este acto, se abre un amplio camino al regreso a la plena comunión de dicha comunidad fundada por el obispo Frances Marcel Lefebvre.
Aquellos dolorosos acontecimientos que terminaron en la sentencia de excomunión del fundador y los cuatro obispos ordenados sin mandato pontificio causó una gran dolor a toda la Iglesia, las razones de la separación de la Fraternidad han sido ampliamente comentadas a lo largo de estos 20 años, ahora sería conveniente que pensemos en los motivos del levantamiento de la máxima pena en la Iglesia.
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Bento XVI esclarece
razões que o levaram a suspender excomunhão
A unidade na Igreja, o ecumenismo e o diálogo inter-religioso
«são a prioridade suprema»
razões que o levaram a suspender excomunhão
A unidade na Igreja, o ecumenismo e o diálogo inter-religioso
«são a prioridade suprema»
Por Inma Álvarez
"CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 12 de Março de 2009 (ZENIT.org).- A unidade na Igreja, o diálogo ecuménico e as relações com outras religiões fazem parte da mesma prioridade deste pontificado, e são a chave que explica a decisão do Papa de suspender a excomunhão aos lefebvristas.
Assim explica o próprio Papa em sua carta aos bispos de todo o mundo, divulgada hoje pela Santa Sé. Nela, após explicar os fatos do caso e os erros cometidos, assim como o futuro do diálogo com os seguidores de Dom Lefebvre, Bento XVI explica as motivações profundas que o levaram a tomar esta decisão.
A prioridade para o Papa é «conduzir os homens de Deus», do que «se deriva, como consequência lógica, que devemos ter muito presente a unidade dos crentes».
Neste objectivo se inclui o diálogo inter-religioso, ou seja, «a necessidade de que todos aqueles que crêem em Deus procurem juntos a paz, tentem aproximar-se uns dos outros a fim de caminharem juntos – embora na diversidade das suas imagens de Deus – para a fonte da Luz».
«Em conclusão, se o árduo empenho em prol da fé, da esperança e do amor no mundo constitui neste momento (e, de formas diversas, sempre) a verdadeira prioridade para a Igreja, então fazem parte dele também as pequenas e médias reconciliações», explica.
«Verdadeiramente era e é errado ir, mesmo neste caso, ao encontro do irmão que ‘tem alguma coisa contra ti’ (cf. Mt 5, 23s) e procurar a reconciliação? Não deve porventura a própria sociedade civil tentar prevenir as radicalizações e reintegrar os seus eventuais aderentes – na medida do possível – nas grandes forças que plasmam a vida social, para evitar a segregação deles com todas as suas consequências?», pergunta.
O Papa explica como, quando decidiu escrever a presente carta, teve que comentar o texto de São Paulo aos Gálatas, no qual o Apóstolo advertia contra o uso equivocado da liberdade separada do amor.
«Infelizmente, este ‘morder e devorar’ existe também hoje na Igreja como expressão duma liberdade mal interpretada – afirma. Uma e outra vez devamos aprender a prioridade suprema: o amor.»
Neste sentido, agradece «aos numerosos bispos e fiéis que neste tempo me deram provas comoventes de confiança e de afecto e, sobretudo, me asseguraram suas orações».
Não podem ser excluídos
O Papa afirma que os seguidores de Dom Lefebvre não podiam ser excluídos do diálogo, mas era necessário «comprometer-se na dissolução das rigidezes e restrições, para dar espaço ao que houver de positivo e recuperável para o conjunto».
«Às vezes fica-se com a impressão de que a nossa sociedade tenha necessidade pelo menos de um grupo ao qual não conceda qualquer tolerância, contra o qual seja possível tranquilamente arremeter-se com aversão. E se alguém ousa aproximar-se do mesmo – do Papa, neste caso – perde também o direito à tolerância e pode de igual modo ser tratado com aversão sem temor nem decência.»
«Eu mesmo constatei, nos anos posteriores a 1988, como, graças ao seu regresso, se modificara o clima interno de comunidades antes separadas de Roma; como o regresso na grande e ampla Igreja comum fizera de tal modo superar posições unilaterais e abrandar inflexibilidades que depois resultaram forças positivas para o conjunto.»
Afirma também que não se pode ser indiferente diante de «uma comunidade onde se encontram 491 sacerdotes, 215 seminaristas, 6 seminários, 88 escolas, 2 institutos universitários, 117 irmãos, 164 irmãs e milhares de fiéis».
Sobre a atitude de alguns de seus membros, o Papa admite que «há muito tempo e novamente nesta ocasião concreta, ouvimos da boca de representantes daquela comunidade muitas coisas dissonantes: soberba e presunção, fixação em pontos unilaterais, etc.».
Contudo, afirma, «em abono da verdade, devo acrescentar que também recebi uma série de comoventes testemunhos de gratidão, nos quais se vislumbrava uma abertura dos corações. Mas não deveria a grande Igreja permitir-se também de ser generosa, ciente da concepção ampla e fecunda que possui, ciente da promessa que lhe foi feita?»
«E não deveremos porventura admitir que, em ambientes da Igreja, também surgiu qualquer dissonância?», acrescenta.
Em referência aos sacerdotes da Fraternidade, o Papa supõe que «não se teriam decidido pelo sacerdócio, se, a par de diversos elementos vesgos e combalidos, não tivesse havido o amor por Cristo e a vontade de anunciá-lo e, com Ele, o Deus vivo».
«Poderemos nós simplesmente excluí-los, enquanto representantes de um grupo marginal radical, da busca da reconciliação e da unidade? E depois que será deles?», pergunta finalmente o Papa."
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