sexta-feira, 20 de março de 2009

PAPA BENTO XVI EM ANGOLA



Visita Papal


Papa recebido com euforia pela população


"Bento XVI chegou esta Sexta-feira a Angola para cumprir a segunda etapa da sua viagem a África, depois de três dias no Camarões. O Papa estará em Luanda de 20 a 23 de Março.

Milhares de católicos concentram-se na rua que dá acesso ao Aeroporto 4 de Fevereiro, em Luanda, fortemente guardado pela Polícia Nacional, Forças Armadas e Guarda Presidencial para a visita. Ecrãs gigantes foram colocados ao longo do percurso.

Escuteiros, jovens e membros dos movimentos femininos da Igreja Católica encontram-se ao longo da via do Aeroporto 4 de Fevereiro até às imediações da Nunciatura Apostólica, onde Bento XVI fica hospedado. A Polícia Nacional mobilizou mais de dez mil efectivos.

Pouco antes das 12h45 (hora local, menos uma em Lisboa), o Papa aterrou no Aeroporto internacional de Luanda, onde foi acolhido pelo presidente José Eduardo dos Santos. O Chefe de Estado angolano faz-se acompanhar de sua esposa, Ana Paula dos Santos, dos presidentes da Assembleia Nacional e do Tribunal Supremo, do primeiro-ministro e outros membros do governo.

No seu discurso inaugural, Bento XVI começou por oferecer um “encorajamento” ao povo angolano no seu trabalho de reconstrução do país.

“Com um profundo sentimento de respeito e simpatia, piso o solo desta nobre e jovem Nação no âmbito duma visita pastoral, que, no meu espírito, tem por horizonte o continente africano, mas os passos tive de os limitar a Yaoundé e Luanda. Saibam porém que, no meu coração e oração, tenho presentes a África em geral e o povo de Angola em particular, a quem desejo oferecer o meu cordial encorajamento a prosseguir no caminho da pacificação e da reconstrução do país e das instituições”, disse o Papa.

Após saudar “toda a Igreja Católica” em Angola e agradecer o “acolhimento caloroso”, o Papa pediu uma sociedade de "justiça, paz e solidariedade, na caridade e no perdão recíproco" e um país que seja “uma casa de paz e fraternidade”.

"Queridos amigos angolanos, o vosso território é rico; a vossa nação é forte. Usai, porém, estes vossos créditos para favorecer a paz e o entendimento entre os povos, numa base de lealdade e igualdade que promova na África aquele futuro pacífico e solidário a que todos aspiram e têm direito. Para isso, vos peço: Não vos rendais à lei do mais forte", apontou.

O Papa lembrou as vítimas das recentes cheias no Cunene, deixando um “particular encorajamento” às populações que têm agora o desafio de recomeçar as suas vidas.

Bento XVI lembrou os “pobres que reclamam o respeito dos seus direitos” e a "multidão de angolanos que vive abaixo da linha de pobreza absoluta", pedindo uma “maior participação cívica de todos”.

“Para dar vida a uma sociedade verdadeiramente atenta ao bem comum, são necessários valores compartilhados por todos. Estou convencido de que Angola poderá encontrá-los também hoje no Evangelho de Jesus Cristo, como sucedeu tempos atrás com um vosso ilustre antepassado, Dom Afonso I Mbemba-a-Nzinga; há 500 anos deu início em Mbanza Congo a um reino cristão que sobreviveu até ao século XVIII”, indicou.

Bento XVI falou então do “motivo imediato” que o levou a Angola: “Encontrar-me com uma das mais antigas comunidades católicas da África subequatorial, para a confirmar na sua fé em Jesus ressuscitado e unir-me às preces de seus filhos e filhas para que o tempo da paz, na justiça e na fraternidade, não conheça ocaso em Angola, permitindo-lhe cumprir a missão que Deus lhe confiou em favor do seu povo”.

"Deus abençoe Angola", concluiu."

(Ag Eclesia)

DEUS ABENÇOE E PROTEJA O SANTO PADRE.

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